TJ-PR rejeita recursos à sentença de condenada por 'ritual de magia negra'
Beatriz Abagge foi condenada em 2011 a 21 anos e quatro meses de reclusão.
Ela foi considerada culpada por morte de garoto de seis anos em 1992.
Ela foi considerada culpada por morte de garoto de seis anos em 1992.
O Tribunal de Justiça (TJ) do Paraná rejeitou na quinta-feira (3) dois recursos à decisão que condenou Beatriz Abagge a 21 anos e quatro meses de prisão. A juíza Lilian Romero, da Primeira Câmara Criminal do TJ, optou pela manutenção da pena, sendo seguida pelos demais desembargadores.
Enquanto o Ministério Público (MP) pedia a extensão da pena e a alteração do cumprimento para o regime fechado, a defesa de Abagge requeria um novo julgamento. Ela foi condenada em maio de 2011, e os dois recursos foram protocolados na sequência, no início do mês de junho. Ambos podem recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF).
A Promotoria de Justiça do MP entendeu que a pena cumprida por Beatriz antes do júri, em prisão provisória, não poderia ter sido considerada pelo juiz na decisão. Por ter levado em conta esse período, o juiz concedeu o regime semiaberto. O MP-PR também defende que a pena não poderia ter sido diminuída em virtude da confissão de Beatriz, pois desde que foi ouvida no inquérito, em 1992, ela negou o crime. Já os advogados de Abagge defendiam novo júri, porque o resultado foi fixado com resultado de quatro votos a três.
Entenda o caso
Evandro Ramos Caetano, de seis anos, desapareceu em abril de 1992 quando ia para escola em Guaratuba, litoral do Paraná. O corpo dele foi encontrado cinco dias depois "com lesões semelhantes às percebidas em sacrifícios de animais, como amputação de membros e retirada do coração", como afirmou o promotor de justiça do Tribunal de Júri de Curitiba, Paulo Sérgio Markowisz de Lima.
Evandro Ramos Caetano, de seis anos, desapareceu em abril de 1992 quando ia para escola em Guaratuba, litoral do Paraná. O corpo dele foi encontrado cinco dias depois "com lesões semelhantes às percebidas em sacrifícios de animais, como amputação de membros e retirada do coração", como afirmou o promotor de justiça do Tribunal de Júri de Curitiba, Paulo Sérgio Markowisz de Lima.
No primeiro julgamento, em 1998, Beatriz e a mãe, Celina, haviam sido absolvidas. Dois pais de santos e um ajudante foram condenados pelo crime em 2004. No entanto, o Ministério Público recorreu da decisão e conseguiu, através do Supremo Tribunal Federal (STF), um novo julgamento.
Este júri, realizado em 2011, foi o responsável pela condenação de Abagge aos 21 anos e quatro meses de reclusão. Ela foi considerada mandante do crime realizado através de um ritual de “magia negra”.
G1 PR
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