Com 60 votos, Guilherme Luiz Gomes é eleito presidente do TJ-PR
Duas votações foram realizadas na tarde desta quinta-feira (3), em Curitiba.
Clayton Camargo renunciou ao cargo de presidente no dia 24 de setembro.

Do G1 PR
O desembargador Guilherme Luiz Gomes foi eleito nesta quinta-feira (3) presidente do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) com 60 votos, em segundo turno, contra 46 votos para o desembargador Sérgio Arenhart.  O comando do órgão máximo do Judiciário paranaense estava vago desde a renúncia do presidente eleito, o desembargador Clayton Camargo, no dia 24 de setembro. Na primeira votação, também realizada nesta quinta-feira, o desembargador Sérgio Arenhart recebeu 28 votos, enquanto Guilherme Luiz Gomes recebeu 41. No total, 107 desembargadores votaram, sendo um voto em branco. O cargo era disputado por cinco canditatos.
O desembargador Paulo Roberto Vasconcelos assumiu, no dia 25 de setembro, a presidência interina do Tribunal de Justiça do Paraná. Vasconcelos assumiu o TJ pela segunda vez no mês de setembro. Por ser o 1º vice-presidente da Corte, ele ficou no cargo quando Camargo se ausentou, devido a um infarto sofrido na sessão do dia 9 de setembro. Três dias depois, Camargo foi internado e passou por uma angioplastia de desobstrução de artérias. No dia 23 de setembro, Clayton Camargo, requisitou a aposentadoria, mas teve o pedido suspenso pelo Conselho Nacional de Justiça.
O novo presidente do órgão máximo do Judiciário do Paraná vai se manter no cargo até o início de 2015, quando terminaria o mandato de Clayton Camargo.
Candidatos
Na segunda-feira (30), o TJ-PR divulgou a lista dos candidatos à vaga de presidente da instituição. Seis desembargadores haviam se inscrito para a disputa: Antenor Demeterco Júnior, Sérgio Arenhart, Luiz Sérgio Neiva de Lima Vieira, Miguel Thomaz Pessoa Filho, Robson Marques Cury e Guilherme Luiz Gomes. Porém, o desembargador Luiz Sérgio Neiva de Lima Vieira decidiu abandonar a candidatura ao cargo.
A decisão da desistência de Lima Vieira foi publicada no site do Tribunal de Justiça do Paraná na terça-feira (1º), um dia depois do fim das inscrições para o cargo. Na nota que divulga a desistência da candidatura, o TJ-PR diz que a decisão do desembargador Lima Vieira foi tomada para que os colegas busquem um nome de consenso entre os candidatos.
Crise no TJ-PR
A crise no TJ-PR começou em meados de setembro, quando Clayton Camargo teve um infarto durante uma sessão do Órgão Especial. Três dias depois, ele foi internado e passou por uma angioplastia de obstrução de artérias.
Na ausência dele, o presidente em exercício, Paulo Roberto Vasconcelos, anulou uma licitação para obras de reforma no prédio que abriga a instituição. Camargo, então, voltou à presidência e revogou a decisão do interino. As obras estão orçadas em R$ 79 milhões.
Tão logo Camargo promoveu a retomada da licitação, ele anunciou também que se aposentaria do cargo de desembargador e, consequentemente, deixaria a presidência do órgão. Contudo, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) impediu a aposentadoria do magistrado, pelo menos, até o dia 8 de outubro.
Nessa data, os conselheiros do CNJ vão analisar dois processos contra Camargo. Um deles trata de uma suposta venda de sentença. O outro é sobre tráfico de influência na eleição do filho do desembargador, Fábio Camargo, para o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR).
Apesar de ter a aposentadoria suspensa, Camargo confirmou a decisão de deixar a presidência do TJ-PR e formalizou a renúncia ao cargo. Caso a aposentadoria seja aprovada, o magistrado vai continuar recebendo o salário atual, de R$ 25.323,50, mais um auxílio-saúde no valor de R$ 727,96. Os valores serão pagos de forma vitalícia e reajustados conforme os salários dos demais desembargadores em atividade.
Paraná (Foto: Divulgação / TJ-PR)
 


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