PESCADOR DE GUARATUBA DESAPARECE NA COSTA CATARINENSE
O mestre Jonathan Luiz Fagundes de Freitas, 24 anos, de Guaratuba, desapareceu no sábado (31) depois que o barco virou na costa de São Francisco do Sul, litoral catarinense.

Os outros dois tripulantes, Maurício Cardoso da Conceição, 24 anos, e Claudinei Silva de Lima, 19, conseguiram escapar. As buscar por Jonathan Freitas, conhecido como “Bicudo” e morador do bairro Piçarras, encerraram ao meio-dia desta terça-feira (3). Os amigos e o dono do barco, Ronaldo Cabral da Silva, continuavam a procura.
O acidente aconteceu por volta das 5h a 17 quilômetros da costa e a 7 quilômetros da ilha Tamboretes. O barco “Cabral” emborcou – virou de cabeça para baixo – após fazer uma manobra de retorno em direção ao sul.
Maurício Cardoso relatou o ocorrido à repórter Camila Guerra, do jornal “A Notícia”, de Joinville. Leia a seguir (reportagem completa no link no final desta matéria):
Ainda estava escuro e a pesca transcorria normalmente. Após um hora navegando em direção ao Norte, Claudinei Silva de Lima, de 19 anos, foi descansar, enquanto os companheiros Jonathan Luiz Fagundes de Freitas, 24 anos, que era o encarregado do barco, e Maurício Cardoso da Conceição, 24 anos, faziam a curva de retorno para o Sul. De repente, eles sentiram que algo começou a puxar a embarcação.
— Acredito que pode ter sido uma arraia-jamanta ou um baleote (filhote de baleia), porque uma vez isso aconteceu com um tio meu, e o barco começou a seguir a direção do animal — conta Maurício, um dos sobreviventes.
O pescador lembra que em questão de instantes o cabo que sustenta a rede de pesca do lado esquerdo passou sobre a embarcação e quebrou, fazendo o barco virar para trás.
— Na hora que começou a entrar água e o barco foi virando, a gente já foi se agarrando para subir nele. Quando eu e o Jonathan conseguimos sentar no casco, coloquei a mão na cabeça e pensei, o Claudinei vai morrer, porque ele não vai conseguir sair, mas em seguida ele apareceu — recorda Maurício.
Os três ficaram sobre o barco das 5 horas até as 7 horas. Quando amanheceu, Jonathan decidiu pular na água e pedir ajuda.
— Deve ter feito isso porque era o encarregado. Eu e Claudinei chamamos, mas não teve jeito. Depois, ele começou a berrar, mas não dava para entender se era pedindo socorro, se era para a gente ver ele — conta Maurício.
Os dois permaneceram sobre o casco da embarcação por mais duas horas, vivendo momentos de aflição, já que pelo menos três embarcações passaram por eles, mas não os viram.
— A gente gritava, acenava com a camiseta e nada. Falei para ele (Claudinei) que nós iríamos morrer porque depois de um tempo não passava mais nada — recorda.
Foi então que o tripulante de uma embarcação distante, que estava usando binóculos, avistou uma caixa-d’água azul e achou estranho, começou a olhar em volta e viu outros objetos boiando, até que encontrou a embarcação com os pescadores em cima
Foto: Maurício Ferrante / Divulgação
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