15/12/2016 06h53 - Atualizado em 15/12/2016 09h02
PF deflagra a 5ª
fase da Pecúlio e prende 12 dos 15 vereadores de Foz
Operação
foi deflagrada em cidades do PR, Pernambuco e Distrito Federal.
Ação investiga irregularidades em processos licitatórios em Foz do Iguaçu.
Ação investiga irregularidades em processos licitatórios em Foz do Iguaçu.
Adriana Justi e
José ViannaDo G1 PR e da RPC
Operação investiga irregularidades na prefeitura e na Câmara de Foz do
Iguaçu (Foto: Divulgação/PF)
Doze dos quinze vereadores da Câmara Municipal de Foz do Iguaçu, no
oeste do Paraná, foram presos na manhã desta
quinta-feira (15) durante a 5ª fase da Operação Pecúlio, deflagrada pela
Polícia Federal (PF).
Segundo a PF, dez vereadores foram presos
preventivamente, quando não há prazo definido para que os investigados deixem a
prisão, e dois temporariamente, quando há prazo para a permanência na prisão,
podendo ser prorrogada ou convertida em preventiva. A Polícia Federal não
especificou o tempo das prisões temporárias.
Foram presos os vereadores:
Anice Gazzouiu
Beni Rodrigues
Darci "DRM"
Edílio Dall’Agnol
Fernando Duso
Hermógenes de Oliveira
Zé Carlos
Luiz Queiroga
Marino Garcia
Coquinho
Paulo Rocha
Rudinei Moura
Beni Rodrigues
Darci "DRM"
Edílio Dall’Agnol
Fernando Duso
Hermógenes de Oliveira
Zé Carlos
Luiz Queiroga
Marino Garcia
Coquinho
Paulo Rocha
Rudinei Moura
O G1 tenta contato com a defesa dos
vereadores presos.
A operação foi batizada de "Nipoti" e investiga
irregularidades em processos licitatórios de prestação de serviços e realização
de obras para a prefeitura de Foz e desvio de recursos na Câmara Municipal.
Ao todo, foram expedidos 78 mandados judiciais, sendo 20
de prisão preventiva e 8 de prisão temporária, em Foz do Iguaçu, Curitiba,
Cascavel, Maringá, e Pato
Branco, no Paraná, e em Recife e Brasília.
De acordo com as investigações, somente em algumas obras
de pavimentação em Foz do Iguaçu foram constatados prejuízos em torno de R$ 4,5
milhões. "Ainda sem levar em consideração o prejuízo potencial em razão da
péssima qualidade das obras, o que reduzirá consideravelmente o tempo de vida
útil destas", declarou a PF.
Além dos mandados de prisão, também estão sendo cumpridos
11 ordens de condução coercitiva, que é quando o investigado é levado para
prestar depoimento, e 39 de busca e apreensão.
As ordens judiciais estão sendo cumpridas em residências
e locais de trabalho dos investigados e em empresas supostamente ligadas ao
grupo criminoso.
A prisão temporária tem prazo de cinco dias e pode ser
prorrogada pelo mesmo período ou convertida em preventiva, que é quando o preso
fica detido por tempo indeterminado.
A PF explicou que o nome da operação – Nipoti – é um
substantivo comum de dois gêneros da língua italiana, que significa sobrinhos
ou netos. E que a palavra nepotismo tem origem na palavra nepos, nepote, do
latim, que se prende à idéia de descendência, parentesco, assumindo o sentido
de favoritismo para com parentes.
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