23/06/2016 06h59 - Atualizado em 23/06/2016 12h57
Adriana Justi e Camila BomfimDo G1 PR e da TV Globo, em Brasília

Ex-ministro Paulo Bernardo é preso em Brasília pela Lava Jato

PF cumpriu mandado de busca na casa dele e da mulher, Gleisi Hoffmann.
Em nota, defesa de Bernardo disse que a prisão é 'ilegal'
O ex-ministro do Planejamento do governo Lula e das Comunicações no primeiro governo Dilma, Paulo Bernardo, foi preso nesta quinta-feira (23) em um desdobramento da 18ª fase da Operação Lava Jato, em Brasília. Ele é marido da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR). Carlos Gabas, ex-ministro da Previdência do governo Dilma, teve a casa alvo de busca e apreensão.
Inicialmente, a PF informou que Gabas foi alvo de condução coercitiva, que é quando a pessoa é levada a depor. No entanto, o juiz que autorizou o mandado disse que Gabas deveria ser informado pelos policiais que teria o direito de ficar em silêncio e, nesse caso, não seria obrigado a ir para a delegacia prestar depoimento. Como Gabas disse que não falaria com as autoridades, pôde ficar em casa. 
Um mandado de condução coercitiva foi para o jornalista Leonardo Attuch, que administra o blog 'Brasil 247'. Ele já havia aparecido nas investigações da Lava Jato como suspeito de ter recebido dinheiro por serviços não executados.
Entre os que foram presos está Valter Correia, secretário de Gestão do prefeito Fernando Haddad, em São Paulo.
Há ainda um mandado de prisão preventiva para o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, que, condenado na Lava Jato, está preso desde 2015. Outro ex-tesoureiro do PT, Paulo Ferreira, também tem mandado de prisão. Ele é marido da ex-ministra do Desenvolvimento Social no governo Dilma, Tereza Campelo, e próximo ao ex-ministro José Dirceu.
No entanto, até o início da tarde desta quinta, ele ainda não havia sido detido pela PF, que não o encontrou em casa. Em entrevista à Rádio Gaúcha, mais cedo, Ferreira disse que está "tranquilíssimo". "Nunca, em momento algum nos quatro anos que eu estive à frente da secretaria de finanças do PT, vinculei doação a contrato", afirmou Ferreira na entrevista.
Além das prisões relacionadas ao PT, policiais federais foram à sede do partido no centro de São Paulo. Os presos e o material apreendido serão encaminhados à sede da Polícia Federal, na capital paulista.
A PF informou que o objetivo da operação, batizada de Custo Brasil, é apurar o pagamento de propina referente a contratos de prestação de serviços de informática no valor de R$ 100 milhões, entre os anos de 2010 e 2015, a pessoas ligadas a funcionários e agentes públicos ligados ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG).



Comentários

Postagens mais visitadas deste blog