Conselho de Ética terá reunião
com Moro para liberar testemunhas contra Cunha
Por Estadão Conteúdo | 01/04/2016 19:48
Deputados do colegiado querem ouvir doleiro e dois lobistas presos na Lava Jato na ação contra o peemedebista; comitiva irá a Curitiba para pedir que o juiz acelere a liberação
A cúpula do Conselho
de Ética na Câmara dos Deputados marcou audiência para a próxima
terça-feira (5) na Justiça Federal do Paraná para pedir que o juiz
federal Sérgio Moro autorize o depoimento das testemunhas arroladas no processo
por quebra de decoro parlamentar contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha
(PMDB-RJ). A reunião em Curitiba será fechada.
Nesta semana, o relator
do processo disciplinar, deputado Marcos Rogério (DEM-RO), apresentou seu plano
de trabalho para a fase de instrução do processo e pediu para que fossem
ouvidos como testemunhas de acusação o doleiro Alberto Youssef e os lobistas
Júlio Camargo e Fernando Soares, o Fernando Baiano.
Rogério também decidiu
convidar o ex-dirigente da BR Distribuidora João Augusto Henrique, Leonardo
Meirelles, ligado a Youssef, o ex-gerente da Área Internacional da Petrobras
Eduardo Vaz Musa, além do próprio representado. O colegiado não tem força de
convocação, portanto as testemunhas são livres para recusar o convite.
Além do relator, devem
participar da audiência com Moro o presidente do colegiado, José Carlos Araújo
(PR-BA), e o vice-presidente do Conselho, Sandro Alex (PPS-PR). Outros
conselheiros também podem integrar a comitiva, entre eles o deputado Júlio
Delgado (PSB-MG), adversário de Cunha na Casa. Delgado afirma que a colaboração
das testemunhas será importante para o andamento do processo contra o
peemedebista. "Depois das delações, as pessoas podem ter disposição para
falar. Então que elas colaborem", disse ao serviço Broadcast Político.
Os conselheiros vão pedir para que Moro
acelere a liberação das testemunhas. Alguns estão em prisão domiciliar e outros
seguem presos. "Queremos brevidade nisso. Podemos ouvi-las em dois
dias", afirmou Sandro Alex.
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